COP30: rios que cortam Belém permitem chegada de participantes por barco
Participantes chegam de barco à COP30
O fato de parte de Belém ser banhada por rios torna possível que participantes da COP30 cheguem à cidade de barco. Alguns atravessaram oceanos.
O Povo Huni Kuin vestiu as melhores roupas, fez a pintura mais detalhada, escolheu o mais exuberante cocar.
Tudo isso para esperar, ficar olhando ao longe, até enxergar os irmãos.
"Sejam bem-vindos à COP30!"
"Obrigado."
Povos indígenas do Acre se reuniram à beira do Rio Guamá para dar as boas-vindas. Quem chegou remando foi um grupo de indígenas e povos tradicionais de vários países: os Guardiões da Sabedoria.
Cacique "Estamos recebendo no nosso território sagrado chamado Brasil, e nada melhor do que nós, enquanto povos originários, receber outros povos originários nas nossas terras."
O mundo cabe numa canoa. Os remadores são da América do Norte, América do Sul, da África Ocidental e do Oriente Médio, e da Ásia, incluindo a Sibéria.
Remando, velejando... diante de Belém estão muitos visitantes que vieram de longe usando energia limpa: o vento.
É uma pequena embarcação que fez uma grande, uma imensa viagem. Foram quase 5 meses cruzando os oceanos para chegar a Belém e participar da COP. Agora a gente vai conhecer um pouquinho mais do veleiro dessa história.
Oito passageiros dormiram nessas camas, cozinharam nesse fogão e vieram defender uma transição energética justa.
O barco saiu da Nova Zelândia no dia 14 de junho. Fez uma escala rápida no norte da Austrália e velejou sem parar até a Cidade do Cabo, na África do Sul. Depois subiu para Tenerife, nas Ilhas Canárias, pegou mais passageiros e cruzou o Atlântico rumo a Belém.
O fundador da organização Flotilha pela Mudança, Ross Porter, também foi recebido com muito carinho ainda nas águas de Belém.
Quem pisa em terra firme, encontra sorrisos que provocam mais sorrisos. E assim, os indígenas mostram que a tradição brasileira de receber muito bem nasceu antes do Brasil.
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