Documentário sobre história real de mulher no garimpo estreia no maior festival de cinema do Brasil
17/09/2025
(Foto: Reprodução) O curta-metragem roraimense “A pele do ouro” terá sua estreia nacional no 58° Festival de Cinema de Brasília
Reprodução
Curta-metragem roraimense “A pele do ouro” estreia nesta quarta-feira (17) na Mostra Competitiva de Curtas do 58° Festival de Cinema de Brasília, o maior festival de cinema do país.
O documentário é inspirado em uma história real vivida por uma mulher no garimpo. No filme, ela mesma interpreta a personagem principal. Chamada apenas de Patri, para preservar a verdadeira identidade, a protagonista assume o papel central na narrativa construída a partir das memórias registradas em diários íntimos ao longos anos.
"O mais difícil para mim, foi lidar com as emoções e sentimentos que surgiam com as lembranças do que vivi", disse a protagonista.
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Sob direção das cineastas Marcela Ulhoa e Yare Perdomo, a narrativa apresenta um recorte sensível sobre a vida da mulher no garimpo. O curta tem duração de 15 minutos.
O documentário surgiu depois de pesquisas de Marcela. A diretora ressalta que o filme é um suporte artístico para que a poesia de "Patri" alcance ainda mais pessoas. Elas se conheceram em 2017.
"Patri é mulher que escancara nossas feridas enquanto sociedade de maneira sensível e certeira. O que todas nós desejamos, é que o mundo seja menos perigoso para as mulheres, para que cada uma tenha o direito de contar suas vivências sem medo”, afirma Marcela.
Yare Perdomo ressalta que o projeto é o retrato de uma experiência que ainda marca profundamente o norte do país.
“No garimpo, as mulheres vivem histórias pouco conhecidas, mas extremamente significativas. A trajetória de Patri é também a de tantas outras, e o filme acaba sendo uma imersão nesse universo”, explica a diretora.
Essa é a primeira exibição oficial do filme feito pela Platô Filmes, produtora roraimense que recebeu o Troféu Candango de Melhor Filme do Festival em Brasília, com o documentário "Por onde anda Makunaíma?”, em 2020.
O Festival ocorre no Distrito Federal até o dia 20 de setembro. O evento é realizado há 60 anos, sendo considerado o mais antigo e tradicional do país. Este ano serão exibidos 80 títulos, um recorde na história do festival.
O Agente Secreto abriu o festival em Brasília, veja:
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