Médica presa por mandar matar farmacêutica queria assumir papel de mãe da filha da vítima, diz delegado

  • 06/11/2025
(Foto: Reprodução)
Médica é presa em Itumbiara suspeita de mandar matar farmacêutica em Uberlândia A médica neurologista Claudia Soares Alves, presa na quarta-feira (5) em Itumbiara (GO), suspeita de mandar matar a farmacêutica Renata Bocatto Derani, em Uberlândia (MG), queria assumir o papel de mãe da filha da vítima, segundo a Polícia Civil. De acordo com o delegado Eduardo Leal, a médica foi casada com o ex-marido de Renata e devido à relação teve contato com a filha da vítima. "A filha da vítima com esse homem começou a frequentar a casa da médica em Itumbiara e lá quis assumir o papel de mãe da criança.", disse o delegado. "Ela começava a ditar como a criança deveria se vestir, como a criança deveria se portar, e inclusive tomou algumas medidas criminais contra a mãe alegando que a mãe poderia estar abusando da criança. Ela fez falsas comunicações de crime em relação à mãe para que perdesse o poder familiar e ela assumisse a maternidade da criança". ✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no WhatsApp Segundo a Polícia Civil, ao perceber a postura da médica, a mãe da criança pediu para o ex que a filha não convivesse com ela. No entanto, a neurologista não estava mais casada com o pai da criança quando o crime, motivado pela obsessão de Claudia em ser mãe de uma menina, ocorreu. "Ela foi casada com o ex-marido da vítima e havia acabado de se separar. Na verdade, ele conheceu a médica e em dois meses se casou, mas com dois meses de casado se separou. Ele percebeu que ela era uma pessoa desequilibrada e quis a separação. Ele tinha medo de morrer e escondia uma faca em certas ocasiões por medo dela", afirmou Eduardo Leal. Ainda conforme a Polícia Civil, para o crime, Claudia solicitou a ajuda de um vizinho e do filho dele, ambos presos na quarta-feira. Os investigadores ainda apuram se a dupla recebeu dinheiro para matar a farmacêutica e o valor que teria sido pago. "Ela era a única pessoa que teria algum motivo, que na verdade é fútil, banal e desequilibrado, e solicitou o auxílio do vizinho e do filho dele", finalizou o delegado. A médica também é acusada de falsidade ideológica e tráfico de pessoas após sequestrar uma recém-nascida de uma maternidade em Uberlândia. A bebê foi encontrada no dia seguinte. O g1 tenta contato com a defesa dela. Claudia Soares Alves, de 42 anos, é a médica suspeita de raptar um bebê em Uberlândia, Minas Gerais,foi presa em Goiás Reprodução/Redes Sociais Entenda o caso Quem é a médica A prisão e as novas acusações O assassinato da farmacêutica A relação da médica com a vítima O que falta esclarecer Quem é a médica Claudia Soares Alves é neurologista e ex-professora da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Em 2020, ela foi presa após sequestrar um recém-nascido dentro de uma maternidade da cidade. Na época, a médica usou documentos falsos para tentar registrar a bebê como filha. Desde março deste ano, respondia aos processos em liberdade e havia sido demitida da UFU. Segundo a Polícia Civil, Claudia sempre demonstrou comportamentos obsessivos e apresentava desejo compulsivo de ser mãe de uma menina, embora já tivesse um filho. Durante coletiva de imprensa em Uberlândia, o delegado Eduardo Leal informou que a médica realizou tratamentos para engravidar, mas não conseguiu. E, após as tentativas frustradas, teria recorrido a adoções irregulares com documentos falsos e até oferecido dinheiro para comprar uma recém-nascida na Bahia. A prisão e as novas acusações Médica Claudia Soares Alves, presa por sequestrar bebê, foi presa novamente em Goiás Polícia Civil/Divulgação A médica foi presa em Itumbiara durante uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais, em parceria com a Polícia Civil de Goiás. De acordo com o delegado Eduardo Leal, Claudia teria planejado o assassinato de Renata para ficar com a filha da vítima. Ainda conforme o delegado, na casa da investigada, a Polícia Civil encontrou um quarto pintado de rosa, com várias roupas de criança pequena, um berço e uma bebê reborn dentro. "Ela é capaz de tudo para conseguir o seu intento, que seria o de ser mãe de uma criança, de uma menina. Inclusive nessa data, no cumprimento da busca, nós verificamos que ela, na casa dela, possui um quarto todo pintado de rosa, com diversas coisas rosas de uma criança, com berço e como se estivesse dormindo nesse berço. Realmente você vê que é uma pessoa totalmente desequilibrada", disse Leal. Quarto rosa com bebê reborn na casa de médica presa em Itumbiara, suspeita de mandar matar farmacêutica de Uberlândia Polícia Civil/Divulgação O delegado regional da Polícia Civil, Gustavo Anai, destacou que a operação é resultado do trabalho iniciado ainda em 2020, quando surgiram denúncias ligando a médica a outros crimes após o sequestro na maternidade da cidade. O assassinato da farmacêutica Renata Bocatto Derani, de 38 anos, foi morta a tiros na manhã de 7 de novembro de 2020, quando chegava para trabalhar em uma farmácia no Bairro Presidente Roosevelt, em Uberlândia. Câmeras de segurança registraram o momento em que o criminoso se aproximou e fez pelo menos cinco disparos no tórax, pescoço, ombros e nádegas. Uma testemunha contou que Renata tentou se defender e pediu para não ser morta, mas o homem continuou atirando. Uma câmera de segurança mostrou o assassino abordando Renata (veja abaixo). Antes de fugir, o autor deixou uma sacola com objetos e uma carta com ofensas à vítima. Na época, a Polícia Civil não descartou crime passional e ouviu pessoas próximas, incluindo o ex-marido. Renata deixou a filha de 9 anos. Além da médica, foram presos temporariamente outros dois suspeitos de participação no assassinato. Eles são pai e filho e seriam vizinhos de Claudia. Os três foram transferidos para Uberlândia. As investigações seguem para apurar a participação dos dois suspeitos no crime. A Polícia Civil também vai avaliar a necessidade de prorrogar as prisões temporárias ou convertê-las diretamente em preventivas, com o devido indiciamento dos envolvidos. A relação da médica com a vítima As investigações apontam que Claudia se casou com o ex-marido de Renata, mas o relacionamento durou apenas dois meses. O homem decidiu se separar ao perceber que a médica apresentava comportamentos obsessivos e demonstrava interesse em assumir a maternidade da filha dele com Renata. Renata, ao perceber que a médica parecia uma pessoa perigosa e emocionalmente instável, proibiu a filha de manter contato com o pai sempre que ele estivesse na companhia da esposa. Após a separação, Claudia teria planejado o homicídio da farmacêutica para retomar o relacionamento e ficar com a menina. O que falta esclarecer A Polícia Civil ainda apura se houve pagamento aos executores e se outros crimes cometidos por Claudia estão relacionados ao homicídio. O caso segue sob investigação. LEIA TAMBÉM: Após 1 anos e dois meses, médica que raptou recém-nascida no hospital é demitida da UFU 'Enganou os guardas, todo mundo', diz pai da bebê recém levada por Claudia Mulher sequestra bebê e criança é encontrada quase 850 km de onde nasceu Vídeo mostra criminoso abordando funcionária de farmácia antes de homicídio em Uberlândia VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2025/11/06/medica-presa-por-mandar-matar-farmaceutica-queria-assumir-papel-de-mae-da-filha-da-vitima-diz-delegado.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Top 5

top1
1. Raridade

Anderson Freire

top2
2. Advogado Fiel

Bruna Karla

top3
3. Casa do pai

Aline Barros

top4
4. Acalma o meu coração

Anderson Freire

top5
5. Ressuscita-me

Aline Barros

Anunciantes