Justiça da PB manda soltar policiais militares investigados pela morte de cinco jovens no Conde

  • 09/09/2025
(Foto: Reprodução)
3º episódio da série 'Ele Tinha Envolvimento' mostra ação da PM que matou 5 jovens na PB A Justiça da Paraíba mandou soltar os cinco policiais militares presos pela suspeita de matar cinco jovens, em fevereiro deste ano, na cidade do Conde. Ao todo, seis policiais são suspeitos pelo crime, mas quando houve uma operação para prendê-los, um deles estava fora do país e não foi preso naquela oportunidade. Os policiais foram soltos, mas a Justiça determinou as seguintes medidas cautelares: Uso de tornozeleira eletrônica; Afastamento imediato do serviço operacional (policiamento ostensivo ou tático); Proibição de manter contato com familiares das vítimas, testemunhas e demais investigados; Proibição de frequentar localidades próximas às residências das vítimas e seus familiares, complementando a medida de monitoração eletrônica; Recolhimento domiciliar no período noturno, das 20h às 5h do dia seguinte, e nos dias de folga; Comparecimento mensal em juízo; Proibição de se ausentar da comarca de suas residências por mais de 10 dias sem autorização da justiça. No mesmo despacho, a Justiça converteu a prisão temporária em prisão preventiva do policial que está fora do país, já que ele não se apresentou e não colaborou com as investigações dentro do prazo de 30 dias, no qual estava aberto o mandado de prisão anterior. De acordo com a Justiça, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) requereu que os cinco presos respondessem em liberdade e com o uso de cautelares. Eles devem ser liberados da carceragem do 1º Batalhão da Polícia Militar na quarta-feira (10). As investigações sobre o crime apontam indícios de homicídio por parte dos policiais, que foram presos no dia 19 de agosto. A defesa dos investigados alega que um grupo criminoso formado pelas vítimas, à época, para buscar vingança após um feminicídio na cidade teria atirado contra os policiais, que reagiram. Foram presos presos os seguintes policiais pela suspeita do crime: Soldado Mikhaelson Shankley Ferreira Maciel Sargento Marcos Alberto de Sá Monteiro Sargento Wellyson Luiz de Paula Sargento Kobosque Imperiano Pontes Cabo Edvaldo Monteval Alves Marques O Tenente Álex William de Lira Oliveira, que foi alvo de mandado de prisão preventiva, e está em viagem nos Estados Unidos, foi o que teve a prisão decretada pela Justiça após a não colaboração com as investigações e o mandado de prisão em aberto. Em nota anterior a determinação da Justiça, a defesa dos policiais investigados afirmou que eles são inocentes. LEIA MAIS: Mais de 90 tiros atingiram carros de cinco jovens mortos durante ação policial na Grande João Pessoa, diz perícia Cinco mortos em ação da PM:'Quando uma mãe perde um filho, todas perdem', diz líder comunitária em enterro Moradores fazem protesto questionando ação da PM que terminou com cinco mortos, em João Pessoa Tiros nos carros, falta de perícia e provas retiradas do local Carro ficou cheio de marcas de tiros após ação da PM paraibana Polícia Militar da Paraíba/Divulgação Durante a investigação do caso, os policiais afirmaram ter recebido a informação de que o filho de uma vítima de feminicídio estava indo vingar a morte da mãe em Mituaçu, no Conde. Em seguida, os policiais montaram uma operação na Ponte dos Arcos, entre João Pessoa e Conde. Dois veículos se aproximaram, receberam ordem de parada, mas não obedeceram. Ainda segundo os policiais, foram ouvidos disparos vindos dos veículos, e todos os PMs revidaram atirando contra os carros. Um laudo pericial apontou que os dois carros em que os jovens estavam foram atingidos por mais de 90 tiros: 74 disparos em um veículo e 18 no outro. O documento que solicitou a prisão temporária dos policiais registra que todos os disparos partiram de fora para dentro dos carros. Ainda segundo a investigação, três armas foram supostamente apreendidas com os jovens, sendo que apenas duas estavam aptas para disparo e continham seis cartuchos já deflagrados. O documento ressalta, porém, que não é possível afirmar se houve disparos de dentro para fora dos veículos. “Sem perícia no local do incidente, tampouco análise de fragmentos de vidro no solo, possíveis elementos balísticos e outros vestígios externos, não é possível afirmar com certeza absoluta que não houve disparos de dentro para fora, apenas se constatou não haver indícios inequívocos desse tipo de tiro no veículo, dadas as limitações acima”, registra o documento. Uma testemunha relatou ter visto os policiais militares usando máscaras e recolhendo cápsulas espalhadas pelo local do crime. Outra pessoa ouvida afirmou que uma testemunha ocular, ainda não identificada, presenciou a abordagem policial. Segundo esse relato, dois jovens estavam fora do carro com as mãos na cabeça, um permanecia dentro do veículo e outros dois estavam no chão, com os rostos encostados ao solo, enquanto policiais apoiavam os pés em seus pescoços. A mesma testemunha também teria ouvido o barulho de diversos disparos. Uma testemunha também registrou que um parente de um dos jovens mortos relatou que ele planejava vingar o assassinato da mãe do amigo, que havia pedido apoio para o crime. A testemunha afirmou ainda que o jovem teria ligação com uma facção criminosa e possuía uma arma de fogo. Relembre o caso Cinco jovens morreram durante ação policial em João Pessoa Reprodução/TV Cabo Branco O caso que resultou na operação desta do dia 18 de agosto, aconteceu na noite do dia 15 de fevereiro de 2025. Segundo a Polícia Militar, os cinco jovens, com idades entre 17 e 26 anos, estavam se preparando para fazer um ataque no Conde, para vingar um feminicídio cometido horas antes. Na mesma data, uma mulher havia sido morta por ter encorajado uma amiga, vítima de violência, a se separar do marido. O homem, com raiva, matou a mulher como vingança. Então, de acordo com a PM, o filho da vítima reuniu amigos para vingar o assassinato. O veículo foi interceptado por viaturas da Polícia Militar e ao chegar na Ponte do Arco, o carro foi atingido por vários tiros, o que resultou nas mortes de todos os ocupantes. As vítimas foram identificadas como: Fábio Pereira da Silva Filho, de 26 anos Emerson Almeida de Oliveira, de 25 anos Alexandre Bernardo de Brito, de 17 anos Cristiano Lucas, de 17 anos Gabriel Cassiano de Sousa, de 17 anos (filho de Ana Gabriela, vítima do feminicídio) Os familiares dos jovens contestam a versão apresentada pela Polícia Militar, de que os jovens entraram em confronto com os agentes e, até, que as vítimas eram envolvidas com criminalidade. Justiça mantém prisão de 5 PMs investigados por mortes de jovens no Conde (PB) Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba

FONTE: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2025/09/09/justica-da-pb-manda-soltar-policiais-militares-investigados-pela-morte-de-cinco-jovens-no-conde.ghtml


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